A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu, na noite desta quarta-feira (06), um debate para formação da ‘Frente Em Defesa do Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOGaleão)’.
A iniciativa partiu do presidente da Alerj, André Ciciliano. Participaram do encontro virtual o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior; o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes; o senador pelo estado do Rio, Carlos Portinho; o secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca, o presidente da Rio Indústria, Sérgio Duarte, entre outros importantes players do setor produtivo.
Os parlamentares das bancadas estadual e federal, autoridades e dirigentes de entidades de setores econômicos discutiram as regras para a concessão do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, que estão em consulta pública, e vão impactar no funcionamento do RIOGaleão, localizado na Ilha do Governador, causando a redução do número de voos – principalmente, os internacionais.
Para o presidente Queiroz, caso a concessão do Santos Dumont seja feita da forma como foi proposta pelo Governo Federal, além de perder os voos de passageiros, prejudicaria as importações e exportações do estado e do Brasil, pois o RIOGaleão é um dos mais importantes terminais aéreos do país. “Temos que trabalhar de forma conjunta! O RIOGaleão tem um peso enorme na malha viária, inclusive no transporte de cargas. Estão visando apenas a conjuntura atual, não estão olhando os efeitos nocivos dessa ação. O ‘Santos Dumont’ não tem como ser ampliado de forma substancial. Parabenizo o presidente da Alerj, André Ciciliano, pela diligência em unir todos nós em prol do estado do Rio”, enfatizou.
O prefeito Eduardo Paes também agradeceu o empenho do presidente da Alerj e salientou que uma competição entre o Santos Dumont e o RIOGaleão traria um problema econômico e estrutural para o Rio de Janeiro. “No modelo que está a consulta pública, de concessão do Santos Dumont, só atrapalha a economia. A Prefeitura tem uma proposta que pode equacionar a questão. Viagens a partir de 500 Km de distância, os voos sairiam pelo Santos Dumont. Isso aumentaria em 30% o número de passageiros no aeroporto”, ressaltou.
Segundo o secretário de Estado de Turismo, Gustavo Tutuca, é necessário criar um equilíbrio entre o RIOGaleão e o Santos Dumont. Ele destacou que o plano da prefeitura, dos voos a partir de 500 Km, pode ser uma solução funcional para ambos os aeroportos. “A American Airlines vai voltar a ter voos diretos para Miami e Nova York, do RIOGaleão, já a partir dos próximos meses. Fez muita diferença a questão da redução do ICMS sobre o querosene de aviação. Em breve, o Governo do Estado irá anunciar um novo plano de segurança para a Linha Vermelha. A prefeitura, por sua vez, está melhorando a iluminação da via, implementando a luz de led. O governador defende uma discussão da modelagem do Santos Dumont, sem afetar o Galeão. Uma concessão saudável para o Rio”, finalizou o secretário.