Presidente do Secovi Rio analisa desafios e oportunidades para o mercado
O segundo episódio do videocast O Rio Pod+, da Fecomércio RJ, recebeu o presidente do Secovi Rio, conselheiro do Sesc RJ e diretor da federação, Pedro Wähmann, para um bate-papo sobre o mercado imobiliário do Rio de Janeiro. Gravado no novo estúdio da Fecomércio RJ, o empresário destacou o momento atual do setor, os desafios regulatórios e as principais transformações no comportamento do consumidor.
Com raízes familiares no setor e décadas de experiência, Pedro Wähmann reforçou a importância da representatividade institucional para a construção de um ambiente de negócios mais saudável. Ele apontou a valorização da Zona Portuária como o novo polo de crescimento urbano, comparável ao impacto que a Barra da Tijuca teve no passado.
“A Zona Portuária já começa a receber novos empreendimentos que devem atrair cerca de 30 mil moradores para a região”, afirmou.
Entre os temas centrais do episódio, estão o aluguel por temporada, a demanda por pequenos estúdios, o impacto da Selic sobre o financiamento, e a tendência do modelo multifamily – empreendimentos construídos exclusivamente para locação, com gestão profissionalizada.
O presidente do Secovi Rio também ressaltou o papel crescente da tecnologia e da sustentabilidade na decisão de compra e na valorização dos imóveis. A inteligência artificial, os tours virtuais, a medição individual de consumo e os telhados verdes foram alguns dos exemplos citados de soluções já adotadas por empreendimentos atentos às novas demandas. Segundo ele, o setor precisa acompanhar essas mudanças e investir continuamente em inovação e capacitação.
Sobre o papel social do setor, Pedro Wähmann destacou a atuação do mercado no programa Minha Casa, Minha Vida, responsável por cerca de 35% dos lançamentos nacionais. Ele defendeu a busca por novas tecnologias construtivas que permitam reduzir custos e ampliar o acesso à moradia.
“Já passamos do tempo do sonho da casa própria. Hoje, o sonho é da moradia digna”, explicou.
Encerrando o episódio, o dirigente reforçou o papel da Fecomércio RJ como articuladora de ações estruturantes para o setor.
“A federação tem sido um apoio fundamental para os sindicatos, promovendo conhecimento, assistência e fortalecendo a cultura de colaboração entre os empresários”, concluiu.