Setor Distribuidor-Atacadista discute impacto durante e pós-pandemia

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O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior participa, nessa sexta-feira, dia 10 de julho, às 19h, da Live “A importância estratégica do abastecimento durante e pós-pandemia”, promovida pela ADERJ – Associação de Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro.  O segmento Distribuidor-Atacadista é responsável por 53,6% do abastecimento de insumos para o pequeno e o médio varejo no país. E, assim como a grande maioria dos segmentos produtivos, vem sendo drasticamente impactado pela pandemia da COVID-19. O encontro virtual contará com a participação do Coronel Dr. Mauro Fliess, Coordenador de Comunicação da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e do Dr. Eduardo Rebuzzi, Presidente da Fetranscarga, ao lado do Presidente da ADERJ, Joilson Maciel Barcelos Filho.

A seguir compartilhamos análise elaborada pelo IFec RJ sobre o tema:

A pandemia desafiou o setor Distribuidor-Atacadista no Brasil inteiro primordialmente em função de quatro motivos.

Em primeiro lugar, a pandemia exigiu a adoção de medidas restritivas à circulação, que naturalmente tornaram mais difícil a distribuição de produtos, seja porque limitaram a circulação de veículos eventualmente utilizados para a distribuição, seja porque exigiram das empresas distribuidoras maior cuidado com seus funcionários.

Em segundo lugar, observou-se na segunda quinzena de março um aumento momentâneo do consumo de bens vendidos nos supermercados e farmácias. A carga adicional de consumo gerou desequilíbrios na cadeia de abastecimento e expôs a enorme importância do setor distribuidor, que teve que agir de forma rápida para garantir que os bens chegassem aos depósitos e às lojas.

Em terceiro lugar, o setor atacadista foi fortemente afetado pela redução da demanda que se sucedeu ao isolamento social.

Em quarto lugar, a mudança de hábitos de consumo tornou mais difícil para o distribuidor montar o seu inventário de compras.

Dados do IFec ilustram o desafio. Levantamento realizado pelo instituto entre os dias 17 e 18 de março (início do isolamento social) mostrou que, naquela semana, 13% dos empresários do setor de comércio e serviços enfrentavam algum problema relacionado à interrupção no abastecimento de insumos necessários à atividade. Na mesma semana, em torno de 34% dos empresários do setor esperavam enfrentar os mesmos problemas na semana seguinte à pesquisa.

Pesquisa realizada entre os dias 16 e 17 de junho pelo instituto também mostrou que os hábitos de consumo dos fluminenses mudaram. Ao longo da pandemia, 81,9% dos entrevistados priorizaram compras nos estabelecimentos locais de pequeno e médio durante o isolamento social. Destes, 82,2% pretendem continuar priorizando. O resultado aponta que os clientes dos distribuidores deverão mudar, o que deverá trazer algum impacto sobre as suas decisões de compra.

Dados públicos e privados indicam que o pior já passou e que o fundo do poço da crise aconteceu em abril. Segundo o último dado disponível, o comércio varejista cresceu, no estado do Rio de Janeiro, 8,5% em maio frente ao mês de abril. Em relação ao ano passado, houve queda igual a 7,4% (contra previsão realizada pelo IFec igual a -7,7%).

Hoje, ainda permanecem como dúvidas importantes i) qual a velocidade de recuperação da economia e ii) quais hábitos adotados durante a pandemia serão de fatos absorvidos pela sociedade depois do controle da doença.

As duas questões são pertinentes ao setor Distribuidor-Atacadista e suas respostas podem contar com a contribuição do IFec RJ através das pesquisas realizadas junto aos consumidores fluminenses e os modelos de previsão desenvolvidos pelo instituto.

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