Em continuidade ao Projeto Movimento Rio em Frente 2ª Edição, a Fecomércio RJ, em parceria com o jornal O Dia, apresentou, nessa terça-feira (dia 20), um painel de debates sobre a retomada da economia do estado do Rio de Janeiro, no auditório da Federação, e com transmissão nas mídias do jornal no Youtube e Facebook.
O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, abriu o debate com uma mensagem de agradecimento ao apoio de diversas entidades governamentais na retomada do setor do comércio de bens, serviços e turismo.
“O Rio de Janeiro tem vários fatores e vetores positivos para retomar seu crescimento. Existem dois que são fundamentais. O turismo é o maior ativo que o estado do Rio tem, não só pelas belezas naturais, mas por toda sua infraestrutura para receber o visitante. Uma rede hoteleira completa e todos os pré-requisitos para retomar suas operações. Além disso, com o auxílio emergencial, os números do comércio deram um salto, que mostram uma retomada. Temos certeza que poderemos debater, com muita profundidade, esses temas e sugerir caminhos para que possamos retomar”, destacou.
Entre os palestrantes, participaram o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Marcelo Lopes; o vice-presidente de Desenvolvimento Estratégico da Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ, José Antonio Nascimento Brito; o Diretor do Hotel Fairmont Rio, Michael Nagy; e o presidente do Sindicato do Comércio de Rio das Ostras, Marcelo Ayres. A moderação foi feita pelo jornalista Max Leone, do jornal O DIA.
O secretário Marcelo Lopes falou sobre universalização do saneamento. “O projeto é de extrema importância, alcança o setor de saúde, reflete na educação – ao reduzir ausência escolar em função das doenças, e favorece o turismo. Temos a Baía de Guanabara, o complexo lagunar de Jacarepaguá, que é um espaço que sofre com as mazelas do saneamento. Precisamos de um forte investimento na área. Estamos entusiasmados em conduzir esse projeto com o governo e o BNDES. Estamos avançando muito e todos felizes com essa condução. Vamos, efetivamente, privilegiar o turismo. Além disso, temos um projeto para desenvolver o interior, carente de investimentos. É necessário, também, o desenvolvimento econômico sustentável nas favelas”, enfatizou.
“Nós falamos constantemente com associações comerciais de bairro, que têm problemas em comum na área de iluminação pública; em relação à segurança; e a informalidade, que assusta muito o comércio local e as pessoas que transitam, não importa o ponto da cidade. Esse é um tema que vale tanto para as eleições municipais no Rio quanto para outras cidades. É um problema dramático de perda de arrecadação do nosso comércio”, registrou José Antonio Brito, da ACRJ.
O executivo de hotelaria Michael Nagy elogiou os investimentos em infraestrutura. “O momento de retomada é hoje. É um problema global que todos têm responsabilidade de cuidar. Mantemos muitas pessoas empregadas e em casa. Precisamos de ações urgentes e não dá para falar apenas do amanhã. Temos que conviver com a Covid-19. O Rio de Janeiro tem uma oportunidade como cidade. Nós somos a cara do Brasil. Temos que cuidar dessa cidade e criar condições de negócios que permitam, não só a nós da hotelaria, mas também ao turismo e à indústria que se beneficia do turista que chega aqui. Investimos muito em protocolo para que nosso colaborador tenha emprego e saúde, com o intuito de receber o turista com segurança. O Rio já superou o Carnaval e o Réveillon, estamos sobrevivendo com uma realidade em que o empresário está muito sozinho. Precisamos dizer às pessoas que o Rio está aberto e cuidando das pessoas, permitindo que os empresários tenham condições de fazer negócios. Precisamos comunicar para pessoas de fora do estado, também. O momento é cuidar dos negócios”, defendeu.
Marcelo Ayres, presidente do Sicomércio Rio das Ostras, destacou como o setor está atuando na região. “Passamos por problemas desde a crise do petróleo. Estamos tentando melhorar o comércio varejista, mas também o de petróleo. As empresas offshore estão retomando aos poucos. O grande problema hoje é, além da falta de investimentos, que precisamos desenvolver a tecnologia na era da informação. Com a Covid-19, que chegou pra ficar, o comércio se transformou, a hotelaria, as empresas tiveram que se transformar. Hoje, precisamos focar, principalmente, na área de tecnologia. E mostrar ao mundo que o Rio está pronto para receber, a forma mais fácil é investir nisso”, ressaltou Ayres.
Na próxima sexta-feira (dia 23), outro painel discutirá o tema Roubo de Carga, com a participação do Comissário da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Marcio Garcia, e o presidente da Fetranscarga RJ, Eduardo Rebuzzi. A repórter Thuany Dossares será a moderadora do debate.