Na tarde desta sexta, 16, a candidata à prefeitura do Rio, Renata Souza, do PSOL, participou do Encontro com Candidatos, realizado no auditório da Fecomércio RJ e com transmissão nas mídias do jornal O Dia.
“Pretendemos reencantar a população carioca, trazendo aquilo que consideramos fundamental, a possibilidade de viver essa cidade, que encareceu muito com os últimos governos, com os aluguéis mais caros do país e inviabilizou que as pessoas vivam a cidade plenamente. Queremos recuperar o Rio a partir de um plano econômico e social que estamos desenvolvendo. Nossa principal ferramenta de recuperação é a renda básica carioca, entendendo que vamos pagar meio salário mínimo às 200 mil famílias que estão numa situação de vulnerabilidade”, defende.
Questionada pelo presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, sobre a informalidade crescente, Renata apresentou seu ponto de vista. “É uma questão delicada, pois está ligada ao desemprego. Vemos um aumento dos trabalhadores informais. A Prefeitura precisa enxergar essas pessoas com dignidade, pois as ruas são tomadas por aqueles que não querem passar fome. Temos que pensar na regularização desses materiais e objetos que estão sendo vendidos nas ruas. Estaremos abertos ao diálogo com os ambulantes. Queremos dar uma legalidade e reconhecimento a esses trabalhadores. O roubo de carga deve ser resolvido pelo governo do estado, que tem o poder de investigar e prevenir. Precisamos ter diálogo para que não tenhamos a fragilização dos que estão na rua tentando seu sustento. O Sistema S é importante, nesse sentido, para a qualificação e profissionalização desses trabalhadores”, comenta.
A candidata também falou sobre ações que pretende implementar para o turismo da cidade. “A Prefeitura pode potencializar festivais locais, trazer novas formas de relação com as próprias escolas, garantir emprego para os guias de turismo e entendê-los, também, como trabalhadores de cultura, aumentando o acesso aos bens culturais da cidade. É preciso, também, reconhecer bairros afastados do Centro e Zona Sul do Rio. Pretendemos fazer um mapeamento dos atores culturais locais que podem ser visitados e queremos que todas as quadras das escolas de samba se transformem em lugares de memória”, explica.
Renata também falou sobre ações para melhorar o transporte público. “Não temos medo de bater de frente com os empresários de ônibus. Transporte é um direito e é viável reduzir o valor da passagem para R$3,50. Vamos rever todas as concessões. Foi feita uma apropriação do transporte público por muitos empresários corruptos”, afirma.