Inadimplência das famílias diminui no Rio, mas proporção de endividados registrou alta

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O percentual de famílias endividadas iniciou o ano com leve crescimento em relação ao último mês de 2019. Entre dezembro e janeiro a taxa subiu de 61,5% para 63,7%, respectivamente. O levantamento é do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), apurado pela CNC.

A dívida no cartão de crédito, que tradicionalmente é a mais contraída entre as famílias, foi citada em janeiro deste ano por 78,4% dos endividados, muito acima da segunda modalidade de dívida mais citada no ranking, os carnês (10,8%). O cheque especial foi citado por 7,9% das famílias.

“Isso comprova que muitas famílias ainda utilizam o cartão de crédito como uma forma de ampliar seu poder de compra”, ressalta o economista João Gomes, diretor do IFec RJ.

A despeito do aumento da proporção de famílias endividadas, a pesquisa mostrou a segunda redução consecutiva na proporção de famílias inadimplentes (12,6% em janeiro contra 13,5% em dezembro).

A parcela da renda das famílias comprometida com o pagamento de dívidas, por sua vez, aumentou pela segunda vez consecutiva. Em dezembro, a proporção da renda dedicada ao pagamento de dívidas atingiu 26,3%. Em janeiro, esse valor subiu para 27,2%.

A redução consistente da inadimplência e da parcela da renda dedicada ao pagamento de dívidas dependerá de uma recuperação também mais estável do mercado de trabalho na cidade do Rio de Janeiro.

Dados mais recentes têm mostrado que a taxa de desemprego ficou parada no último ano. Em 2018, a taxa média de desemprego na cidade foi igual a 12,6%. Um ano depois, o índice bateu 12,5%. Os dados do CAGED indicam que a manutenção da taxa de desemprego aconteceu mediante o crescimento do percentual de informalidade no mercado de trabalho carioca. Ao contrário do estado do Rio de Janeiro, que registrou saldo positivo de empregos em 2019 igual a + 13.629, a cidade do Rio registrou valor igual a -6.841, quinto resultado anual negativo. 

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