Fecomércio RJ e jornal O Dia promovem Painel Segurança Pública

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Na manhã da última sexta (dia 23), foi realizado o Painel Segurança Pública, que faz parte da 2ª edição do Movimento Rio em Frente, com realização no auditório da Fecomércio RJ e com transmissão nas mídias do jornal O Dia. Temas como o combate ao roubo de carga e a atuação da guarda municipal se destacaram na pauta, que contou com a participação do secretário estadual da Polícia Civil, Allan Turnoswki, do comissário da Polícia, Marcio Garcia, e do presidente da Fetranscarga RJ, Eduardo Rebuzzi.

O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, abriu o seminário. A Fecomércio RJ está comprometida em apoiar a retomada econômica do estado do Rio de Janeiro, que está diretamente relacionada às melhores condições de investimento do setor produtivo. A sustentabilidade dos negócios passa pela segurança de uma cidade, pelas condições que a sociedade civil organizada oferece aos cidadãos e seus visitantes. Cidade boa para o turista é cidade boa para a população. A segurança pública, o ordenamento público, o respeito aos direitos civis e aos direitos de ir e vir, sem risco de vida, ao direito de empreender em condições legais, formais, que geram emprego e renda à população, enfim, todas essas questões impactam a vida de cada um de nós, impactam os negócios, a capacidade de atrair investimento e a retomada econômica”, destacou.

O empresário reforçou, também, a Campanha de Combate ao Mercado Ilegal, uma iniciativa recém lançada pelo Sistema Fecomércio RJ, em parceria com a Secretaria de Estado da Polícia Militar e que, muito em breve, deve envolver também a Secretaria de Polícia Civil. “É nosso foco combater o mercado ilegal, sob todos os aspectos negativos gerados, do jurídico ao social. Esse trabalho não é só das entidades, mas da sociedade como um todo”, enfatizou.

O secretário Turnoswki defendeu a abordagem sem violência. “Mais do que o escoamento de uma carga roubada, você gera uma sensação de insegurança, de que você está num local desorganizado e o espaço do comerciante não é respeitado. Combater pequenos delitos sem violência faz parte do planejamento da cidade e de regiões que conseguiram vencer a violência”.

O comissário Marcio Garcia abordou ações de enfrentamento que podem ser efetivas no combate a estas práticas. “A questão da informalidade passa por fatores maiores. Temos que ter investimento de geração de emprego e renda, é muito mais do que uma ação da Polícia. Precisamos de um programa de ordenamento urbano, de enfrentamento à essa desordem, que se necessário passa pela Guarda Municipal, que possam controlar essa ponta da informalidade. Hoje, nós temos toda essa questão de roubo de carga, além da prevenção, nós temos que ter um link direto da Polícia Militar com as transportadoras, que investem em tecnologia, treinamento dos funcionários, enfim, tudo isso é importante para ter controle nas vias como Avenida Brasil, Arco Metropolitano. Temos que enfrentar, também, uma análise nas sanções previstas para quem faz receptação dessas cargas. Me parece que essa sensação de impunidade acaba incentivando o crime. Creio que os legisladores deveriam pensar em penas mais danosas, acredito que seria uma boa atitude neste enfrentamento. É importante também identificar o comerciante e empresário que participa dessa prática”, ressaltou.

Eduardo Rebuzzi destacou os prejuízos causados em toda a cadeia produtiva. “É um problema social, os produtos chegam de forma ilegal. Toda vez que se rouba um caminhão de carga, está se roubando diretamente um investimento na região, rouba a indústria, o comerciante, toda uma cadeia logística que favorece a geração de empregos, renda etc. A prática é prejudicial para toda a atividade econômica. O roubo de carga, em outros estados, era algo mais elaborado – roubo de pneus, medicamentos, linha branca… todos esses roubados vão para redes legalizadas. Aqui no Rio, se atingiu o recorde de roubo de carga, em 2017, permitindo que fosse levado todo tipo de produto para o comércio de rua. Hoje vemos, no Centro, muitas lojas fechadas por conta disso”, finalizou.

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