O monitoramento de julho da pesquisa Visão da Economia, realizada pelo IFec RJ, revelou que o percentual de empresários fluminenses do setor de comércio de bens, serviços e turismo que estão confiantes ou muito confiantes com a evolução da economia fluminense e brasileira para o próximo mês, cresceu relativamente no mês de junho de 2019, repetindo o crescimento verificado entre maio e junho.
No mês de julho, 50,5% dos empresários disseram estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira para o próximo mês, contra 48,9% registrados no mês anterior. O aumento do otimismo também foi observado na economia fluminense. Embora sempre menor, em relação ao revelado para a economia brasileira, o percentual de entusiastas com a economia fluminense para o próximo mês cresceu para 43,2%, contra 41% verificado em junho.
O otimismo para o médio prazo, isto é, para os próximos três meses não repetiu a evolução verificada para o de curto, anotando variação negativa. Para o Brasil, 55,6% estão confiantes ou muito confiantes para os próximos três meses, queda de 2,9 pontos percentuais frente ao mês anterior. O movimento se repetiu nas expectativas para a economia do Rio, onde o percentual de confiantes ou muito confiantes com a economia caiu 2,2 pontos percentuais frente ao mês anterior e atingiu 49,3%.
O crescimento da confiança no curto prazo pode ser explicado pela votação da reforma da previdência que, argumentamos, é de maneira geral desejada pela sociedade. Em recente pesquisa realizada pelo IFec RJ sobre a reforma da previdência, 59% dos entrevistados fluminenses acreditam que é necessária.
No questionário, os empresários são perguntados a respeito das expectativas que possuem para a economia no próximo mês e para daqui a três meses. Desta forma, é possível observar se o otimismo revelado para os próximos três meses se conserva a medida que o tempo passa e os empresários se aproximam do horizonte para o qual realizou a previsão.
Os monitoramentos realizados até julho revelaram a existência de um viés positivo, porém decrescente, ao longo dos levantamentos entre o otimismo que os empresários demonstravam para o mesmo período (distantes três meses) e o otimismo que o empresariado apresentava para outro período (distante apena um mês). A queda do entusiasmo verificada para os próximos três meses no estudo de julho se deve fundamentalmente a um processo de ajustamento das expectativas em função do aprendizado dos agentes econômicos. O viés, que no primeiro monitoramento foi igual a 16,4 pontos percentuais e 18,4 pontos percentuais para o Brasil e o Rio de Janeiro, respectivamente, foi igual a 0,6 ponto percentual e 1,2 ponto percentual na análise de julho.
Finalmente, os empresários esperam crescimento de 4,2% do faturamento em um horizonte de três meses, contra 3,5% no mês passado. Também esperam uma redução de 6,2% do estoque abaixo do nível ótimo, contra uma redução de 8% verificada no mês anterior. Segundo os empresários, o número de funcionários ainda deve cair 3% em um horizonte de três meses, enquanto o preço médio dos fornecedores deverá subir 3,8%, menor valor desde o monitoramento de março.
A sondagem ocorreu entre os dias 1º e 4 de julho e contou com a participação de 752 empresários de todo ERJ.