IPCA – Março/2022

Em março, a inflação medida pelo IPCA avançou 1,62%, sendo o terceiro mês consecutivo a registrar uma variação recorde. Enquanto a variação de fevereiro havia sido a maior desde 2015, a deste mês é a maior desde 1994, ano do Plano Real. Em de 12 meses o IPCA acumula 11,30%, enquanto no ano registra 3,2%, próximo da meta de inflação, de 3,5%.

O grupo de Transportes foi o principal contribuinte para o resultado, com elevação de 3,02% no mês. Se destaca o crescimento no preço da gasolina (5,23%) e do gás veicular (7,27%). Além dos transportes, vale mencionar que o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou variação de 2,42%, a maior desde novembro de 2020. O crescimento de preços dos alimentos ocorre tanto por questões climáticas quanto elevação no custo de frete. Apesar disso, o índice de difusão recuou de 77,21% em fevereiro para 69,44% em março.

Na região metropolitana do Rio de Janeiro, o aumento do IPCA foi novamente superior ao do nível nacional, marcando 1,67%. No ano, a região também registra valor superior ao nacional, com 3,64%, enquanto em 12 meses o acumulado continua abaixo, sendo de 11,03%.

As contribuições principais na região foram semelhantes às do Brasil, com elevação de 2,2% em Transporte e 2,13% em Alimentação e bebidas. Além destes grupos, o aumento em Habitação (2,27%) também se destaca. Esse resultado foi puxado por Energia elétrica residencial (4,66%) e Aluguel e taxas (0,52%).

Vale mencionar também o resultado do INPC, índice semelhante ao IPCA, porém restrito para 1 a 5 salários-mínimos: tanto no Brasil, quanto na RMRJ a elevação foi superior à do IPCA, de 1,71% e 1,77%, respectivamente.

Novamente, as expectativas do mercado para inflação em 2022 passam a ser revistas para cima dado o cenário de incerteza influenciado pela manutenção do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. De fato, o mercado já projeta taxas de juros mais elevadas para o fim de 2022.

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