O Índice de Atividade Econômica do Banco Central apresentou recuo pelo terceiro mês consecutivo em outubro, com variação negativa de 0,4% em relação ao mês anterior na série dessazonalizada. A queda surpreendeu o mercado que esperava redução menor, no valor de 0,2%. Outros indicadores econômicos como a PMS e a PMC também surpreenderam as projeções com resultados negativos.
Mesmo com esse resultado, o país acumula em 2021 crescimento de 5,31% no ano. Dessa forma, assim como as pesquisas divulgadas pelo IBGE, o resultado no ano é positivo e também oscila próximo ao nível de atividade econômica anterior à Covid-19.
Da mesma forma que os demais indicadores nacionais, portanto, a desaceleração do crescimento marca a superação da crise e passagem para enfrentar novos desafios da agenda macroeconômica.
No estado do Rio de Janeiro, o resultado negativo foi suavizado: a atividade regional teve recuo de apenas 1,12% em relação ao mês anterior dessazonalizado. O recuo fluminense surpreende após apresentar indicadores melhores em setembro.
Já em outubro, esse padrão foi desfeito e todos os principais índices de outubro foram negativos tanto para o estado quanto para o país. No ano, o IBC fluminense acumula 2,45% de crescimento.
Para os próximos meses será necessário avaliar a trajetória da inflação, além da política fiscal e o câmbio. A pesquisa Visão do Consumidor realizada pelo IFec-RJ já começa a refletir o efeito da incerteza econômica, com pequeno recuo nas expectativas para o futuro assim como na Visão do Empresário.