O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) continua a crescer em dezembro, variando 0,3% em relação ao mês anterior na série dessazonalizada. O crescimento mensal está abaixo das expectativas e mostra uma desaceleração da economia nesse final de ano.
A trajetória do índice teve expansão concentrada no primeiro trimestre e tem sido irregular ao longo do ano. Confirmando a trajetória do IBC, o PIB também apresentou crescimento no primeiro trimestre e queda no segundo e terceiro trimestre. Ainda assim, o crescimento econômico acumulado no ano é de 4,5%. A expectativa é que o PIB também feche o ano com crescimento acima de 4%.
É importante destacar que o setor de serviços é o grande responsável pela recuperação econômica nesse ano. Além de responder por 45% dos vínculos formais criados, o setor também foi o que apresentou maior crescimento anual dentre as atividades acompanhadas pelo IBGE através das pesquisas PIM (Pesquisa Industrial Mensal – 3,9%), PMC (Pesquisa Mensal de Comércio – 1,4%) e PMS (Pesquisa Mensal de Serviços – 10,9%).
No estado do Rio de Janeiro, o resultado registrado foi de diminuição. O Índice de Atividade Econômica Regional variou de 122,78 para 122,41 pontos na série dessazonalizada contra o mês de novembro, em queda próxima à estabilidade (-0,3%).
Este resultado está em linha com as pesquisas mensais divulgadas pelo IBGE – PMS e PMC uma vez que ambas apontam para uma queda no volume de vendas no último mês do ano.
Apesar disso, no acumulado no ano, o índice apresentou crescimento de 3,1%, marcando um resultado positivo. Assim como em nível nacional, o setor de serviços foi a atividade de maior crescimento anual, com aumento de 7,3% em 2021 e participação de 55% na criação novas vagas formais.
Para o ano de 2022, o crescimento econômico passa por desafios na agenda macroeconômica, especialmente devido à alta dos juros para combater a inflação e seus potenciais efeitos sobre a atividade.