Os sinais das urnas para o empreendedorismo

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Antonio Florencio de Queiroz Junior

 

A democracia provou seu valor e mais de 124 milhões de brasileiros foram às urnas escolher o que consideram ser o melhor caminho para o Brasil ao longo dos próximos quatro anos. Venceu Lula na eleição presidencial e, no Rio, Cláudio Castro foi reeleito como governador. Ambos têm trajetórias e ideologias muito distintas, é verdade, mas têm em comum o fato de terem experiência nos cargos e, portanto, há certa previsibilidade do que esperar (e exigir) dos nossos governantes a partir de 2023.

Dentro dos muitos planos, podemos enxergar com entusiasmo o compromisso dos dois eleitos no apoio aos micros e pequenos empresários. Lula, por exemplo, indicou durante a campanha que poderá criar um ministério dedicado exclusivamente ao empreendedorismo, numa plataforma alinhada com propostas apresentadas aos candidatos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Além disso, o PT tem histórico de atuação relevante em programas sociais, conhecido instrumento que na prática impulsiona a economia local e o pequeno comerciante.

No Rio, Cláudio Castro prevê ampliar as linhas de crédito para empreendedores por meio da AgeRio (Agência Estadual de Fomento). Uma outra promessa é a criação de um calendário de eventos para movimentar o setor de bares e restaurantes.

Ou seja, os sinais surgidos nas eleições são positivos para o esforço que nós temos feito no sentido de dinamizar as atividades de comércio e serviços. O olhar específico para os pequenos empreendedores é sempre bem-vindo. Estamos falando de peças essenciais da engrenagem que faz o Brasil gerar empregos – o que, não canso de dizer, é o melhor programa social que existe.

Nosso olhar para isso, no Sistema Fecomércio RJ, é constante. Temos convicção da relação ganha-ganha entre o espírito empreendedor do brasileiro e uma oferta adequada de meios de capacitação e aconselhamento. É o que fazemos, por exemplo, ao prestarmos auxílio para a abertura de lojas online por empreendedores e ao disponibilizar o Banco de Oportunidades do Senac como ferramenta confiável para que empresários possam identificar mão de obra qualificada.

Um outro indicativo dado durante a campanha pelo presidente eleito é o uso mais intenso dos bancos públicos para fomentar o empreendedorismo – o que casa com a ação em curso na Fecomércio RJ para que agências do Banco do Brasil possam abrigar unidades de atendimento do Sebrae.

O cenário para o empreendedorismo é muito diferente hoje do que era há 20 anos, quando Lula se elegeu presidente pela primeira vez. A expansão da internet ao longo dessas duas décadas facilitou que sonhos se tornassem realidade. Mais que isso, fez surgir novos sonhos.

O momento agora é de fomentar novas soluções e ajudar a dinamizar aquelas que já estão em curso na sociedade. A Fecomércio RJ será, naturalmente, parceira de iniciativas que visem o mesmo propósito de melhorar a vida dos cidadãos do estado do Rio de Janeiro por meio da geração de empregos e renda – e não se omitirá no seu papel de fiscalizar e apoiar a estruturação de políticas públicas. O brasileiro já demonstrou inúmeras vezes sua capacidade de gerar soluções criativas e inovadoras para a nossa economia. Se puder contar com o apoio do Estado, nosso empreendedorismo será capaz de transformar nosso país.

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