Renato Dias Regazzi falou sobre estratégias para ampliar os mercados existentes
O livro “Empreendedorismo e desenvolvimento local como estratégia competitiva”, recém-lançado pelo especialista em desenvolvimento regional, cadeias produtivas e gestão de projetos, Renato Dias Regazzi, consultor do Sebrae Rio, foi tema do programa Rio em Foco, da TV Alerj, em entrevista veiculada no dia 17 de outubro.
De acordo com Regazzi, a competitividade pode ser definida como uma estratégia para ampliar ou manter mercados existentes. As tendências de mercado para a construção de novos ambientes de inovação e novas formas de fazer negócios, com modelos que podem ser replicados tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada.
“No empresarial, o empreendedor ou gestor público tem o domínio e está ligado à administração, gestão, execução e planejamento. O estrutural está ligado ao relacionamento com a cadeia produtiva, governo e entidades de fomento, como é o caso do Sebrae, das Federações e também da Alerj, e da qual é possível trabalhar e desenvolver. Já a sistêmica é aquela que onde a pessoa tem pouca influência, vem de fatores geopolíticos e externos e interfere na produtividade, como foi o caso da pandemia”, explica.
O livro traz dicas para os empreendedores lidarem com esses três fatores.
“O segredo do sucesso do empreendedorismo é planejar o que você vai fazer, além da resiliência e tenacidade, e saber os gaps que aparecem no seu negócio para ocupar esses espaços para gerar inovações, novos processos, fluxos e serviços. Por meio do planejamento é possível organizar a sua empresa e gestão para lidar com os fatores da competitividade e tirar vantagens positivas”, enfatizou Renato Dias Regazzi na entrevista.
Para ele, é preciso ficar atento às oportunidades que as questões sistêmicas oferecem. O Brasil, segundo ele, está diante de uma oportunidade com os fertilizantes que são importados e, atualmente, se transformaram em uma preocupação com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Regazzi defende que o estado do Rio de Janeiro tem condições de ter uma produção local, tendo em vista que a cadeia produtiva do agronegócio é essencial para o país.
Regazzi também destacou o desenvolvimento regional a partir dos clusters e arranjos produtivos locais. No caso do Rio de Janeiro, ele cita o setor de moda íntima de Friburgo, o de moda praia da Costa do Sol, além da economia do mar, que tem um enorme potencial e consegue convergir diversos setores econômicos como o turismo, pesca, petróleo entre outros.