União entre entidades empresariais e o poder político foi fundamental
“A união faz a força”. A frase ecoa como um brado de vitória, mesmo que parcial, nos discursos dos assessores da Presidência da Fecomércio RJ Delmo Pinho e Luiz Velloso ao se referirem à decisão da Azul Linhas Aéreas de manter os voos de Campos e Macaé para a capital do Rio. A empresa chegou a anunciar que encerraria suas operações para as duas cidades no Santos Dumont, transferindo-as para Viracopos, em São Paulo.
O esforço conjunto da Fecomércio RJ, Firjan, ACRJ e políticos resultou na manutenção dos voos, o que representa uma importante vitória para a economia do estado.
“O Rio de Janeiro, quando trabalha unido, obtém conquistas. O esforço conjunto das entidades empresariais e o poder político produziu um resultado interessante em cima de um quadro inicial muito difícil”, destaca Delmo Pinho.
“O primeiro passo foi dado”, enfatiza Luiz Velloso. Porém, ambos defendem que o quadro ainda pode melhorar. A meta, agora, é sustentar o número de voos para as duas cidades e ampliá-los para outras regiões do estado, como Angra, Paraty, Resende, Itaperuna e Cabo Frio. Segundo os executivos, é importante que o atual quadro seja mantido e aperfeiçoado.
“O importante dessa decisão da Azul é a sinalização na direção de se ter uma maior regionalização dos voos para o interior. Aumentando a malha, ampliando as ofertas, fortalecemos o desenvolvimento das regiões”, afirma Luiz Velloso.
Alguns dos voos para Campos e Macaé, hoje feitos em aeronaves monomotores, ainda podem ser melhorados porque algumas empresas, notadamente multinacionais, não costumam permitir que seus funcionários voem nesse tipo de avião. Por isso, os empresários fluminenses defendem que, em um segundo momento, sejam disponibilizados aviões maiores para as duas cidades.
Em tom conciliador, os dois assessores da Presidência da Fecomércio RJ defendem que, no futuro, seja debatida a adequação dos horários dos voos. De acordo com Delmo Pinho e Luiz Velloso, seria importante estabelecer futuramente pelo menos um voo logo cedo com aeronave de maior porte entre Rio e Campos/Macaé e outro no início de noite para permitir o retorno ao Rio, de forma que os usuários possam se deslocar cedo para o Norte Fluminense com mais conforto e tranquilidade para desenvolver suas atividades o dia inteiro e voltar à noite. O mesmo ocorreria para quem sai do interior e vem para a capital.
Delmo Pinho e Luiz Velloso reconhecem a atuação do Ministério da Infraestrutura, que se mostrou sensível aos argumentos e apelos dos empresários e políticos fluminenses. Segundo os assessores, o Norte Fluminense só tem a crescer com os voos. Outra iniciativa de impacto econômico na região é que o Sesc Grussaí, agora administrado pelo Sesc RJ, disponibilizará, até o fim do ano, 155 apartamentos no hotel do empreendimento, totalmente reformados, movimentando serviços e fortalecendo o mercado de trabalho na região.