Diretor da Fecomércio RJ acredita em retomada econômica no segundo semestre

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O convidado dessa edição na série de entrevistas especiais com diretores da Fecomércio RJ é Luís Antônio Nogueira Feris, 3º Diretor para Assuntos de Globalização da Federação. Formado em Administração de Empresas pela UBM e com Pós-MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Luís Feris nasceu em Barra Mansa, é casado e tem dois filhos. Residiu e estudou em Bournemouth, Inglaterra, retornando para sua cidade natal, onde vive até hoje e conduz as Casas Luan.

A trajetória de Luís Feris no comércio começou cedo, aos 12 anos – ele é a 4ª geração de comerciantes, sendo que sua família atua há mais de um século no setor. O bisavô era libanês e começou essa história de sucesso ainda como mascate na cidade de Bananal, em São Paulo. Em Barra Mansa, a Luan foi fundada em 1960 por seu pai, Antonio Feris, e comercializava tecidos, produtos de armarinho, cama, mesa e banho. Atualmente, o foco da operação é moda feminina, masculina, calçados e acessórios. “Nasci atrás do balcão. Aos 17 anos, fui chamado para ser diretor na CDL de Barra Mansa, onde tive o prazer de exercer a presidência por dois mandatos, de 2004 até 2008. O comércio é o maior empregador do país e tenho muito orgulho de trabalhar nesse setor desde jovem”, destaca.

O empresário esteve na diretoria do Sicomércio Barra Mansa de 2000 a 2018, onde exerceu diversos cargos, e, por último, foi vice-presidente da entidade. Já atuou como Secretário Municipal na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa, entre 2009 e 2012, e como diretor na Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), entre os anos de 2004 e 2008. “O comércio sempre me abriu muitas portas e creio que consegui dar a minha contribuição também. Foi importante participar da renovação do Sicomércio de Barra Mansa nesses 18 anos em que fiz parte da diretoria. Acredito que os sindicatos devem lutar mais do que nunca pela legítima representatividade das empresas, atendendo seus anseios e suas demandas. Creio que o papel dos sindicatos passa pela desburocratização e pela criação de novos meios de receita para sua manutenção. O sindicato deve ser um facilitador das empresas, nesse sentido”, explica.

Na Fecomércio RJ, Luís Feris foi tesoureiro de 2014 a 2018 e assumiu o cargo de diretor em 2018. “Um assunto que defendo constantemente é a redução da carga tributária, assim como a desburocratização e a redução do número de feriados. Cada dia a menos de trabalho é um baque para o comércio e, consequentemente, para a economia e a geração de empregos. Em países como Portugal, que cortou alguns feriados nacionais, pudemos ver que essa medida beneficiou o setor e está acelerando a retomada, uma nação próspera se conquista com trabalho”, enfatiza.

O diretor também falou sobre a Federação. “A Fecomércio RJ é de suma importância para o setor comercial no Estado do Rio, mostrando o valor e a pujança do nosso setor.  A gestão do presidente Antonio Florencio de Queiroz Junior tem sido brilhante. Queiroz é um conciliador nato e isso tem fortalecido muito nossa instituição, consequentemente a nossa representatividade”, ressalta.

Luís Feris também falou sobre as dificuldades que sua empresa e o setor passaram. “Foi um baque muito grande pois estávamos nos recuperando de uma crise que vinha se arrastando desde 2015. Passamos por período de fechamento e, até hoje, estamos com redução da jornada. A possibilidade de suspensão e redução de jornada dos trabalhadores foi fundamental para a manutenção de muitas empesas e empregos, bem como o acesso ao Pronampe. Ainda estamos passando por dificuldades. Particularmente em nossa empresa, buscamos nos ajustar nesse período e posso dizer que hoje temos uma empresa mais moderna, ágil e sólida. Tempos difíceis criam homens fortes. Foi fundamental também a participação do Sebrae RJ durante a pandemia, que nos ofereceu cursos subsidiados de alto gabarito com excelentes profissionais. Com este apoio, foi possível transformar positivamente a gestão da empresa e nos tirar da zona de conforto. Durante a pandemia, implementamos o sistema delivery, NPS, DRE mensal, P.A., controle de lucratividade, ticket médio, dentre outros. Em relação ao pós-pandemia, estou confiante e otimista de que daremos uma guinada no segundo semestre desse ano”, finaliza.

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