Sistema Fecomércio RJ reúne autoridades durante live ‘Rio de Mãos Dadas: Juntos na Retomada da Economia’

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Para lançar a primeira fase do movimento Rio de Mãos Dadas, o Sistema Fecomércio RJ promoveu, em parceria com a Editora Globo, a live ‘Rio de Mãos Dadas: Juntos na Retomada da Economia’, na última segunda-feira (dia 25). O encontro virtual contou com a presença de Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente do Sistema Fecomércio RJ; Cláudio Castro, governador em exercício do estado do Rio de Janeiro; Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro; Michael Nagy, diretor do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana; e Fernando Blower, presidente do SindRio e diretor-executivo da ANR – Associação Nacional dos Restaurantes. Com mediação de Míriam Leitão, o encontro virtual debateu os principais desafios do setor do comércio e do turismo durante a pandemia.

“O Rio de Mãos Dadas está sendo lançado nesta semana para que, em todo ano de 2021, seja estimulado o fomento à economia, à assistência social, ao auxílio e o respaldo à população. O objetivo principal é restabelecermos a normalidade, criando ferramentas para que o empresariado possa, efetivamente, exercer seu trabalho, através de plataformas digitais, como ferramentas de comércio eletrônico e parcerias para fortalecer o turismo. Trata-se de um conjunto de atividades que movimentam a economia como um todo para que ela possa voltar ao normal”, explicou o presidente da Fecomércio RJ.

O governador Cláudio Castro reforçou a importância da união e unidade entre os poderes. “Até nos momentos mais difíceis, conseguimos exercer um diálogo. Acredito que teremos um ano melhor. Já percebemos a retomada no segundo semestre de 2020 no comércio e indústria. Quando temos essa união, essa economia forte e pujante, todos conseguem crescer. O projeto Rio de Mãos Dadas é um grande start para isso. Mesmo sem ter o estoque suficiente vacinas, representa um sopro de esperança. Esse ano é de reconstrução. Não tenho dúvida de que será lembrado pelo ano da retomada”, destacou o governador.

O prefeito Eduardo Paes falou sobre os desafios da retomada. “Temos que olhar para frente e nosso papel é arrumar essa casa. Há três pontos que devemos levar em conta. O primeiro é a percepção de que o Rio não era uma boa cidade para se investir. O Rio de Mãos Dadas nos inspira a agir dessa maneira. O segundo aspecto é a criação do ambiente de negócios que permita os investimentos na cidade. No campo do município, vamos criar uma secretaria de desenvolvimento econômico. Tenho muita esperança no processo de vacinação, de conseguirmos vacinar os idosos até abril e maio. Minha experiência mostra que essa mudança de percepção pode ser muito rápida”, afirmou o prefeito.

O executivo Michael Nagy comentou sobre a situação da hotelaria. “A união é tudo. Temos dialogado junto ao governo e à prefeitura antes da eleição do Paes. O setor público está fazendo sua parte e, nós, do empresariado, também. A imagem que continuamos tendo é que o Rio ainda tem um peso enorme fora do país. A situação da hotelaria ainda está difícil, mas estamos retomando com muito esforço. O diálogo existe e o fato de estarmos sendo ouvidos está fazendo toda a diferença. Queremos mostrar que o Rio é o lugar bom para viver, trabalhar e conhecer”, destacou o executivo do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana.

O presidente do SindRio, Fernando Blower, explicou os pontos relativos aos desafios do setor de bares e restaurantes. “Temos o papel de trazer alegria, fartura e desenvolvimento através de um canal de diálogo constante. Estamos falando mais de 170 mil empregos diretos no estado do RJ – antes da crise. Tínhamos mais de 15 mil empresas do setor gerando PIB de 15 bilhões e mais de 360 milhões de ICMS para os cofres do estado. É um grande impacto para a economia do Rio. Gastronomia é desenvolvimento, cultura, renda, e, sobretudo, valorização do destino turístico”, exemplificou.

Turismo foi um dos principais tópicos abordados na live. O governador apontou os planos do estado para o setor. “Em 2019, o estado voltou a participar de feiras, congressos, voltou a expor a cara do Rio, além de gerar integração da segurança pública com o turismo. Além disso, reduzimos carga tributária também. Foi um fenômeno que ajudou a alavancar o turismo. Tenho incentivado, também, que a FAETEC tenha um curso de qualificação para essa área. Foi um ano maravilhoso onde tivemos mais de 90% de ocupação hoteleira. Porém, em 2020, por conta da pandemia, esses números diminuíram bastante. Entendo que, neste ano, o turismo consciente e seguro é fundamental para recebermos o turista. É importante que a fiscalização também não atrapalhe o empreendedor. Enquanto a vacinação não for mais ampla, ainda teremos uma fiscalização mais dura. Temos, também, que consertar aspectos da infraestrutura como estradas e vias importantes”, ressaltou.

Eduardo Paes também falou sobre ações em prol do turismo. “O esforço que temos feito é minimizar os impactos da pandemia no funcionamento da economia da cidade, em geral. Temos um conjunto de regras, precisamos dialogar com os setores econômicos respeitando os parâmetros das secretarias de saúde. Felizmente estamos vendo os bares, restaurantes e hotéis seguinda as normas sanitárias. Porém, infelizmente, parte da população não respeita essas regras. Temos que combater a desordem urbana nas ruas e no comércio. Com o dólar alto, temos possibilidades de trazer o paulista para o Rio, por exemplo. É preciso olhar para o mercado interno, recuperar os congressos e feiras depois da pandemia, aumentar a segurança e ordem pública, retomar os grandes eventos e discutir ação junto aos aeroportos, como o Galeão”, explicou.

Antonio Queiroz expôs sobre sua visão em relação ao setor privado turístico. “A preocupação com o Galeão é importante. Essa união de objetivos vai fazer com que o aeroporto recupere o que foi perdido. Isso será feito através do esforço do governador junto à bancada federal. Também devemos considerar os desafios da segurança pública e do combate à desordem urbana. O centro da cidade está abandonado e esse planejamento do prefeito de desenvolver projetos de moradia na região será positivo. O Rio de Janeiro tem a maior densidade econômica do Brasil (geração de riqueza por metro quadrado). Isso permite toda essa integração, não só de turismo, mas de logística, o que nos dá um ganho potencial de competitividade muito grande. A infraestrutura é muito importante para que tenhamos um desenvolvimento contínuo e firme. Nós, pelo Sistema Fecomércio RJ, temos procurado incentivar muito a capacitação pelo Senac e pelo turismo social através do Sesc. Vamos retomar nossos eventos. O foco principal é a saúde. Todas as nossas iniciativas estão respeitando todos os protocolos e temos feito campanhas para que os empresários também respeitem. Essa união entre os três poderes e a iniciativa privada é um momento do Rio que nós temos que aproveitar para fazer disso um movimento perene”, salientou.

O governador ressaltou os pontos relativos à segurança pública. “É uma das principais missões do governo do estado. Temos que contar com a parceria junto ao governo federal, nos aeroportos e fronteiras, por exemplo. Não adianta viver de projetos, temos que ter um plano de segurança que contemple turismo, comércio, bairros e as comunidades”, informou.

O presidente da Fecomércio RJ abordou sua visão sobre segurança pública. “O roubo de carga, por exemplo, não se encerra no delito, mas gera outros delitos, além de alimentar o comércio ilegal. Fizemos recentemente uma campanha contra o mercado ilegal junto à Polícia Militar. Isso afeta tanto o comércio quanto a população. Quando combatemos o roubo de carga, combatemos toda essa cadeia criminosa. Os números dessa luta têm melhorado sensivelmente.  A ação da prefeitura combatendo o comércio informal vai colaborar bastante a diminuir o problema do roubo de carga. O Rio de Janeiro tem um ativo fantástico, que são seus empresários, em termos de ideias e iniciativas. Temos que lembrar também das micro e pequenas empresas que, juntas, vão reconstruir o Rio de Janeiro. A Fecomércio RJ vem realizando uma série de esforços para ajudar os empresários, além de setores como a cultura. Mantivemos o pagamento de contratos para que esses profissionais não ficassem sem receitas. Temos feito, agora, diversas iniciativas digitais, como as lives, para fomentar esse setor. Usaremos, também, nossas unidades móveis para promover cursos de gastronomia e odontologia, por exemplo, em todo o estado”, finalizou o presidente do Sistema Fecomércio RJ.

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