Reconhecendo mais uma longa parceria, a Fecomércio RJ destaca este mês entrevista com o empresário Antônio Duarte, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Carne Bovina, Suína, Aves, Pescados, Frutos do Mar e Derivados do Estado do Rio de Janeiro (Sincarne). Aos 76 anos, o português e carioca de coração, como se autointitula, atua no segmento de carnes há 58 anos. “Comecei bem cedo no setor, com 18 anos. Trabalhei em diversas frentes, como indústrias, frigoríficos, açougues, então conheço bem esse segmento desde quando eu era um garoto”, conta.
Formado em Direito pela Universidade Gama Filho, Duarte sempre militou no setor de carnes e passou a integrar a diretoria do Sincarne, em 1979, como vice-presidente. “O mercado de carnes, neste período, passava por muitos problemas relacionados ao tabelamento dos preços, confisco de boi e polêmicas com entressafra, onde muitos caçavam o boi no pasto porque o pecuarista não queria entregar o animal. As condições eram muito ruins. Atualmente, com a chegada do livre mercado, houve condição para a melhora desse segmento, pois agora temos mais liberdade em relação aos preços nas gôndolas, por exemplo”, afirma.
Em sua atuação como presidente do Sincarne, Duarte também defende a contribuição sindical. “É primordial para gerenciar os custos que mantém o setor, por isso, é preciso engajarmos as empresas nesta causa para que não deixem de contribuir”, explica.
Na diretoria da Fecomércio RJ, Duarte exerce, há 10 anos, o cargo de 1º Diretor para Assuntos de Consumo. “A Federação é uma entidade muito importante para dar suporte aos sindicatos em nível estadual e esta relação melhorou muito com a gestão do Presidente Antonio Queiroz. Dou nota dez para ele. Na diretoria, participo das reuniões e busco sempre incentivar a discussão de ações de segurança, por exemplo, que são fundamentais para o comércio como um todo”, comenta.
Em relação às perspectivas para o ano de 2020, Duarte se diz otimista. “A economia vem melhorando e retomando o crescimento e, para isso, se perpetuar, é preciso criarmos estímulos como a redução da carga tributária. Desta forma, será possível aquecer a economia e beneficiar a população, favorecendo que a mesma volte a consumir. Assim, todos ganham e o comércio melhora. É isso que esperamos”, finaliza.