Empresariado do setor do comércio está mais confiante

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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC – RJ) para o estado do Rio de Janeiro, registrou, em fevereiro, crescimento igual a 0,9 ponto frente a janeiro e atingiu 125 pontos, melhor resultado para o mês desde 2014. O levantamento é do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), apurado pela CNC.

O alto valor do índice foi influenciado principalmente pelos itens que sintetizam as expectativas do empresariado para o futuro da economia, do seu setor e da sua empresa. O resultado pode refletir, parcialmente, o ambiente ainda reformista do legislativo nacional, que, em outubro do ano passado, aprovou a reforma da previdência e instalou, no dia 19 de fevereiro, comissão mista para análise da reforma tributária. No entanto, o IFec acredita que o otimismo no futuro se deve, primordialmente, à queda da taxa de juros, uma vez que o barateamento do crédito tende a ser bastante benéfico para o setor de comércio varejista.

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O item Nível de Investimento da empresa subiu pela oitava vez consecutiva e atingiu 99 pontos. Esse crescimento é contemporâneo à redução mais recente da taxa de juros (iniciada em julho), o que pode indicar que as decisões de investimento do setor podem estar respondendo à queda da taxa de juros.

Conforme já apontado pelo instituto, o ano de 2020 não contará com estímulos à demanda privada adicionais à redução da taxa de juros (em 2019, o governo federal liberou o acesso aos recursos do PIS-PASEP e FGTS). Por esta razão, a recuperação da confiança será ainda mais importante para que a redução da taxa de juros se transforme de fato em ampliação da demanda agregada.

A recuperação da confiança no estado do Rio de Janeiro, por sua vez, dependerá fortemente de dois fatores importantes para a economia do estado: i) os desdobramentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4917, a ser julgada no dia 24 de abril pelo STF e que versa sobre a modificação das regras de distribuição dos royalties e da participação especial dos estados brasileiros e ii) a permanência ou não do estado do Rio no regime de recuperação fiscal, a ser discutida em setembro deste ano.

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