Sebrae Rio é garantidor de pequenas empresas para acesso a crédito

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Quando os governos precisaram adotar medidas preventivas para tentar conter a proliferação do novo coronavírus, em março, muitos micro e pequenos empresários e microempreendedores individuais se viram em uma situação financeira complicada. Por desenvolverem serviços e produtos não essenciais, tiveram que interromper a produção e fechar lojas sem saber quando poderão voltar às atividades – e, consequentemente, viram seus caixas esvaziarem.

Para facilitar os processos e reforçar a parceria habitual com pequenos empresários, o Sebrae regulamentou, em 15 de abril, sua posição de garantidor no Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). A instituição entra com a garantia de 80% do valor requerido e, se o solicitante não tiver restrições no CNPJ ou nos CPFs dos sócios, a proposta pode ser avaliada e aprovada de forma muito menos burocrática.

O socorro chega em boa hora. Desde o início da crise da Covid-19, 67% dos donos de negócios com estes perfis tiveram seus pedidos de crédito negados pelos bancos, como explica Taniara Castro, Coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio. Isso ocorre muitas vezes pela falta de um avalista ou de garantias, uma barreira que dificulta a concessão do crédito.

— O Fampe foi criado em 1995 para estarmos junto dos micro e pequenos empreendedores, e ganhou um reforço de R$ 12 bilhões na disponibilização de crédito para o enfrentamento da crise financeira causada pela pandemia. O Sebrae contribui dando a elas um fundo garantidor, auxiliando que tenham acesso a uma linha de crédito com juros mais baixos, que vão de 1,19% a.m. a 1,59% a.m., e prazos melhores, com carência de até 12 meses e de 24 a 36 prestações para o pagamento. Além, é claro, de muito menos burocracia do que o habitual no sistema financeiro — observa a coordenadora.

Antes do recebimento do crédito, os empreendedores assistem a um vídeo tutorial do Sebrae para entender como funciona o Fundo. Depois da liberação do valor, o Sebrae Rio oferece aos donos das empresas um acompanhamento das operações, com capacitações e soluções de acordo com as necessidades do estágio financeiro em que o negócio se encontre. Passar por este período de turbulências fica bem mais tranquilo dessa forma.

Agilidade na liberação do crédito atrai pequenos empresários

Depois de analisar condições de algumas linhas de crédito, o empresário Malec Amin Mazloum encontrou no Fampe a solução para os impactos financeiros sofridos já no início da crise do novo coronavírus.

— Além da produção parada, muitos dos varejistas que são nossos compradores habituais cancelaram boletos que estavam em aberto. A inadimplência foi grande desde o começo e nos deixou com um desfalque inesperado — lembra Malec, que é proprietário da confecção de lingeries Seminua, uma empresa de pequeno porte em atividade há 13 anos em Nova Friburgo e que emprega 15 colaboradores.

A agilidade na liberação do crédito – com o aval do Sebrae Rio, todo o processo levou cerca de uma semana – e os juros baixos são apontados por Malec como os diferenciais no empréstimo:

— Foi simples e rápido, não teve a burocracia com que estamos acostumados para esse tipo de transação — conta.

Graças ao auxílio do Fampe, o empresário conseguiu honrar as contas sem demitir nenhum funcionário naquele primeiro momento de surpresa e se organizar para os meses de indefinição à frente.

— Muitas pessoas dependem da circulação do dinheiro dos micros e pequenos empreendimentos. Entendemos que o fortalecimento da economia local pode impedir que a gente entre em um colapso total. Esse fôlego foi muito importante — conclui.

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