Desde 2019, a Fecomércio RJ vem realizando uma série de entrevistas com personagens importantes da trajetória da entidade. Com o impacto econômico da covid-19, as entrevistas passarão a ter, como tema principal, a retomada das atividades e recuperação de diversos setores que foram obrigados a paralisar suas atividades comerciais.
O primeiro entrevistado desta série, a partir da pandemia, é Natan Schiper, 1º Secretário da Federação e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Móveis e Decorações do Município do Rio de Janeiro (Sindmóveis Rio).
Natural da Bahia, Natan Schiper mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1960 e, desde os 19 anos, trabalhou com o pai e o irmão em negócios do setor de móveis. No Rio, teve sua primeira loja situada na Rua do Catete. Em 1969, o imóvel foi desapropriado por conta da obra do metrô. Formado em Administração de Empresas, Natan abriu outra loja de móveis e atuou, desde 1970, como diretor suplente do sindicato. Tornou-se presidente da entidade 18 anos depois, em 1988. Em 2018, assumiu o cargo de 1º Secretário da Fecomércio RJ.
Natan Schiper defende a importância da Fecomércio RJ e de seus sindicatos na defesa dos interesses dos empresários. “As empresas são representadas, junto ao governo federal, estadual e municipal, com o apoio da Federação. É a partir da Fecomércio RJ e dos seus filiados que, nós, empresários, garantimos a representatividade do setor, que vem sendo acentuada desde os anos 90 e ganhou ainda mais força com a gestão do presidente Antonio Queiroz e o alinhamento com o Sistema S”, destacou.
Em relação à retomada do setor durante esta pandemia, Natan Schiper explica que o setor de móveis está se recuperando a passos lentos, mesmo sendo um dos primeiros a terem autorização para reabrir. “A Prefeitura permitiu a reabertura pois as lojas de móveis não costumam receber alto fluxo de clientes. Seguimos todos os protocolos de higienização, mas, como um velho ditado diz, quando os negócios vão mal, um dos primeiros a ser atingido é o setor de móveis. Quando começam a se recuperar, este é um dos últimos a retomar seu fôlego”, lamenta o empresário.
O entrevistado também defendeu os pleitos enviados às autoridades pela Fecomércio RJ. “Ninguém estava preparado para uma crise como esta, então o papel da Federação nesta pandemia foi fundamental para proporcionar dias melhores aos empresários, principalmente os pequenos, que não estavam encontrando muitas condições de crédito como as grandes empresas. Além disso, a Federação deixará outro legado no pós-pandemia com a disponibilização de uma ferramenta de e-commerce (Loja Online) que possibilitou a modernização de muitos estabelecimentos. As empresas geram emprego e renda e, por isso, o setor de móveis está retomando aos poucos. Precisamos ter esperança e força para seguirmos em frente. É necessário que sejam criadas oportunidades para os empreendedores que tiveram que fechar seus negócios durante a pandemia”, ressaltou.