Presidente do Sincovanil fala sobre os desafios do setor no pós-pandemia

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Nessa edição, o convidado da série de entrevistas da Federação com representantes dos sindicatos é Jorge Marão, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Nilópolis (Sincovanil) e 1º Diretor para Assuntos de Crédito da Fecomércio RJ. Nascido em Tanabi, interior de São Paulo, Marão começou sua trajetória profissional bem jovem, atuante no comércio, enquanto cursava Direito em São José do Rio Preto. Em 1969, surgiu uma oportunidade no Rio de Janeiro para continuar trabalhando no setor, no município de Nilópolis. Foi lá que desenvolveu sua carreira e formou a família, hoje com dois filhos e dois netos.

Jorge Marão falou sobre o começo de sua trajetória no setor. “Tive que trancar a faculdade de Direito, mas continuei estudando através de um sistema de ensino parecido com o Ensino a Distância (EAD), numa universidade de Uberlândia. Me formei, mas não cheguei a exercer a profissão. Vim para Nilópolis bem novo e sempre trabalhei no comércio, em lojas de armarinho, há mais de 50 anos”, comenta. Jorge é associado ao sindicato há 38 anos e atua como presidente há 25. Marão integra a diretoria da  Fecomércio RJ há 22 anos.

Efeitos do novo coronavírus

Com a pandemia, muitos negócios foram impactos na cidade. “Tanto o comércio quanto a educação, transportes, cultura, e outras áreas foram duramente afetadas por essa crise. Para ter fôlego, investimos no delivery durante o período que tivemos que fechar nossas lojas físicas. Essa estratégia não contribuiu para o aumento das vendas, mas deu um gás para sobrevivermos”, explica o empresário.

Em relação às expectativas para o período pós-pandemia, Marão acredita que um dos maiores desafios das empresas será o abastecimento dos estoques. “Tenho percebido, através do contato com fornecedores, que boa parte da indústria que nos fornece material teve que reduzir drasticamente o quadro de funcionários e custos em geral. Soube através de alguns contatos que algumas chegaram a ter redução de 40% da produtividade. Ou seja, não dá para fazer um pedido de material de última hora. É preciso que o empresário fique atento para não correr o risco de não ter estoque para o Natal, por exemplo, e, com isso, não conseguir atender a demanda”, ressalta.

À frente de assuntos como Crédito na Fecomércio RJ, Jorge Marão defende a importância da federação no setor. “Trata-se da coluna que sustenta os sindicatos na parte jurídica e logística, então defendo sempre a Fecomércio RJ como a base de sustentação e desenvolvimento do setor”, destaca o diretor da Federação.

Marão também comentou a relevância do setor na cidade em que vive e trabalha. “Nilópolis é uma área com grande densidade demográfica e que não possui indústrias nem área rural. Por isso, o comércio é o grande motor econômico da região. Gostaria de deixar uma mensagem de otimismo e confiança, pois grandes empresas surgem através de grandes crises. Temos que ficar atentos às oportunidades para nos reinventarmos e crescermos de forma sustentável em todo o estado do Rio de Janeiro”, finaliza.

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