Antonio Queiroz foi o convidado da live ‘Cenários para 2021’, realizada pela Fecomércio PE

Compartilhe:

O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, participou, no dia 03 de fevereiro, da live ‘Cenários para 2021’, realizada pela Fecomércio PE e pela Loja Cartão do Empresário. O encontro virtual contou com a presença de Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio PE, e Rafael Ramos, economista da instituição.

Bernardo Peixoto destacou a relevância do trabalho do presidente Antonio Queiroz à frente do Sistema Fecomércio RJ. “A gestão do presidente Queiroz é uma referência, mudou completamente do sistema comércio do Rio. Temos orgulho do seu trabalho”, reconheceu.

O economista Rafael Ramos começou o debate perguntando sobre a retrospectiva do ano de 2020 em relação ao setor do comércio. “Foi um ano de extrema dificuldade onde todos nós tivemos que nos reinventar. Desenvolvemos uma plataforma de comércio eletrônico e disponibilizamos gratuitamente para todo comerciante que tivesse interessante, o que deu um fôlego. O setor de comércio começou a se recuperar de forma mais ágil, mas o de serviço não. Com o auxílio emergencial, o comércio passou a ter o desenvolvimento alavancado e atingimos níveis de movimento bastante surpreendentes para o momento em que estávamos vivendo. Alguns setores chegaram a ultrapassar os números que tinham anteriormente. Foi um período de reconstrução”, afirmou o empresário.

O presidente Bernardo Peixoto também ressaltou a importância do auxílio emergencial para o comércio do Nordeste. “Esperamos que o governo continue com esse benefício em pelo menos dois, três meses. Isso fez com que a redução de empregos fosse bem menor do que o esperado”, explicou.

Questionado sobre o consumo mais digital e se isso é uma ameaça ao varejo físico, Bernardo Peixoto fez pontuações. “Não acredito que nenhum setor ou cargo do comércio será extinto. Aqui em Pernambuco, muitas empresas foram obrigadas a venderem online. Vemos muito pequenos e micro empresários vendendo remotamente. Foi criada uma geração tecnológica. Aqui, com o Porto Digital, o segundo maior do Brasil, temos mais de 1.500 vagas e o Senac está preparando os trabalhadores do setor para isso. Se nos prepararmos, vamos ter um futuro melhor”, comentou.

Antonio Queiroz reforçou a importância do emprego para a retomada. “O emprego é o maior programa social que existe. Pernambuco é um exemplo de educação para todo o Brasil. A educação é que dá a base para que qualquer pessoa se desenvolva. 100% de empregabilidade é um número fantástico, mantendo as pessoas atualizadas e sintonizadas com o mercado. O comércio de rua não acabará, será um trabalho híbrido, onde o digital e o físico irão se complementar”.

Em relação ao fim das medidas como auxílio emergencial e de proteção de emprego, o presidente da Fecomércio RJ reafirmou a importância de que estas medidas voltem imediatamente. “A pandemia ainda não acabou. O programa de manutenção de emprego obriga o empresário a manter o empregado pelo mesmo período que ele utilizou. Com o fim da medida, os encargos se mantêm e se somam à estabilidade do empregado. Além disso, o movimento também caiu. Vivemos uma situação de anormalidade sem as medidas necessárias para que possamos enfrentar a crise. Essa medida de manutenção emprego salvou 625 mil trabalhadores só no estado do Rio de Janeiro. Os programas de crédito também foram fundamentais para os empresários. Para evitar uma freada muito brusca da economia, os programas deveriam parar paulatinamente e não ter um fim abrupto”, defendeu.

Turismo e Carnaval também foram pauta da live. “O momento não permite celebrarmos o Carnaval, por isso acreditamos que foi uma decisão sensata a suspensão das festividades. Com isso, fizemos um acordo aqui com o Sindicato dos Empregados do Rio para que o comércio possa funcionar nessas datas sem interromper o movimento da economia. Enquanto não tivermos 100% da população vacinada, a normalidade não será atingida”, afirmou o presidente Antonio Queiroz.

Perguntando sobre a efetividade da reforma tributária, o presidente da Fecomércio RJ defendeu a importância da priorização da reforma administrativa. “As remunerações são muito elevadas, portanto, a reforma administrativa deve preceder tudo, para que o pagador de impostos possa ter como primordial seu negócio e não trabalhar três meses por ano para pagar tributos. A complexidade do sistema tributário gerou o termo ‘manicômio tributário’ e é impossível qualquer empresário estar atualizado a todo o tempo. A simplificação tributária é absolutamente necessária e urgente”, concluiu.

Leia mais

Rolar para cima