Investimentos de R$ 1 bilhão em construção de novas unidades e de escolas de inclusão e de educadores podem ser prejudicados com medida

O presidente da Fecomércio RJ afirmou que o Sistema S ficou muito decepcionado com a proposta da Embratur que prevê a retirada de 5% das contribuições dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo ao Sesc e Senac para destinar à divulgação do Brasil no exterior. Em entrevista à rádio Bandnews FM, no dia 10 de maio, Antonio Florencio de Queiroz Junior, informou que investimentos em torno de R$ 1 bilhão em ações sociais no Rio, como a construção de uma escola para crianças com Síndrome de Down, podem ser prejudicados.
“Eu prefiro acreditar que o presidente da Embratur esteja desinformado para pleitear esses recursos. O que ele chama de superávit é, na verdade para nós do setor privado, recurso carimbado, provisionado para o uso em investimentos. Temos em planejamento e em execução obras no valor de R$ 1 bilhão, que serão usados na abertura de novas unidades e em escolas de inclusão e de educadores”, afirmou o presidente.
Demonstrando indignação com a situação, o empresário declarou não entender essa busca por recursos junto ao Sistema S, que os utiliza em educação, cultura, lazer e saúde. O presidente da Fecomércio RJ afirmou que a Embratur tem diversas outras maneiras de captar recursos que não sejam tirando do trabalho social e educacional exercido pelo Sesc e Senac.
“Tem muitos lugares nesse país que só o Sesc e o Senac chegam”, enfatizou.
Antonio Florencio de Queiroz Junior lançou um desafio durante a entrevista ao vivo: quer conhecer alguém que tenha viajado para o exterior e tenha visto alguma placa ou propaganda da Embratur promovendo o Brasil.
Geração de emprego
O presidente Antonio Florencio de Queiroz Junior comemorou os resultados do comércio nas datas comemorativas ao comentar a pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) sobre a expectativa de consumo no Dia das Mães. Segundo ele, existe um aumento de renda da população com o ritmo da inflação reduzindo. Por isso, explicou, os consumidores estão concentrando as compras em datas comemorativas. Ele disse acreditar que o comércio deve atingir níveis próximos aos da pré-pandemia nos feriados futuros.
Na entrevista, o presidente da Fecomércio RJ esclareceu, ainda, que em datas como o Dia das Mães são abertas vagas no comércio que futuramente podem deixar de ser temporárias e incorporar a mão de obra ao mercado.