Discussões do evento contribuirão para a construção do projeto do Centro de Referência em Educação Inclusiva no Sesc Tijuca

O Sesc RJ e o Senac RJ apoiaram o Rio TEAMA – Autismo tem tratamento, seminário que aconteceu de 24 a 26 de março, no Rio Othon Palace, em Copacabana, e que reuniu especialistas de renome nacional sobre o tema. O objetivo do evento era disseminar conhecimentos atualizados sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e debater as terapias, tratamentos, diagnóstico precoce, educação inclusiva, direitos dos autistas, autismo adulto, entre outros assuntos relacionados.
O evento, que antecede o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (02 de abril), se destaca por trazer conceitos e práticas essenciais para o cotidiano das famílias, mediadores e professores. Em 2023, os temas foram organizados ao longo de três dias: No primeiro, os especialistas falaram sobre autismo na clínica. O segundo dia foi dedicado às pesquisas e intervenções. Já no terceiro dia, o foco foi intervenção e políticas públicas.
Rio de Janeiro terá Centro de Referência em Educação Inclusiva
As discussões sobre o assunto são apoiadas pelo Sesc RJ e Senac RJ porque as instituições estão à frente de um Centro de Referência em Educação Inclusiva que será criado no bairro da Tijuca. O projeto – que conta com a consultoria de Gabriel Chalita, assessor de Educação do Sesc RJ e ex-secretário Municipal de Educação de São Paulo – está em fase de elaboração e, para isso, está contando com a contribuição de estudiosos e das experiências de pessoas com o transtorno.
Além do Espectro Autista, o espaço se dedicará à Trissomia 21 (Síndrome de Down), com atendimento multidisciplinar para crianças e adultos, capacitação profissional e formação de professores.
Mundo tem mais de 70 milhões de autistas
Segundo a Organização das Nações Unidades (ONU), existem mais de 70 milhões de pessoas autistas no mundo. Nos Estados Unidos, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), existe hoje um caso de autismo a cada 44 pessoas. No Brasil, estima-se que 4,8 milhões de crianças são autistas. A realidade no país é considerada ainda mais complexa, uma vez que grande parte da população não consegue a avaliação necessária para obter um laudo e o encaminhamento adequado. Outro dado relevante apontado por especialistas é que o acompanhamento do espectro autista exige equipes multidisciplinares e profissionais especializados. Em relação ao custo, além de ser muito elevado, mesmo para quem dispõe de recursos financeiros, não há oferta adequada que seja proporcional às necessidades.