O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou em janeiro, apresentando queda de 1% em relação a dezembro na série dessazonalizada. O desempenho está abaixo das expectativas do mercado, que esperava crescimento após o resultado positivo do quarto trimestre do PIB no final de ano. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o resultado foi de neutralidade (0,01%).
O IBC apresenta variação acumulada em 12 meses de 4,8%, indicando a recuperação ocorrida ao logo de 2021. Já o ano de 2022 iniciou trazendo novos desafios como a variante ômicron e a alta dos juros.
Por isso, assim como o IBC, a PMS também iniciou o ano com recuo suave (0,1%), após ser o setor que mais contribuiu para a recuperação econômica em 2021. A PMC também apresentou variação suave, mas positiva no valor de 0,8%.
No estado do Rio de Janeiro, o índice passou por estabilidade. A série com ajuste sazonal apresentou variação de 0,6% contra o mês de dezembro e acumula alta de 3,8% em 12 meses. O resultado na comparação contra o mesmo mês do ano anterior apresentou crescimento de 1,7%. O resultado de crescimento do Rio de Janeiro está em linha com o desempenho verificado pela PMC no qual o estado cresceu 3,0%.
Para o ano de 2022, o crescimento econômico passa por desafios na agenda macroeconômica, especialmente devido à alta dos juros para combater a inflação e a desorganização das cadeias produtivas provocadas pelo conflito entre a Rússia e Ucrânia, que pode manter uma pressão inflacionária. Além disso, o fluxo de investimentos internacionais para o Brasil pode ser alterado, seja pela procura de economias distantes do conflito ou por economias centrais por aversão ao risco.